sexta-feira, 30 de maio de 2008

Contagem regressiva para ativação total do Hospital Infantil

Jacqueline Vasconcellos
É pra valer. O Hospital Materno-infantil Doutor Jeser Amarante Faria deverá entrar em pleno funcionamento até abril de 2009 por ocasião da escolha do novo administrador da Organização Social (OS). A direção geral do hospital ficou com a instituição Nossa Senhora das Graças, de Curitiba. Falta agora só assinar o contrato que seguirá critérios semelhantes aos utilizados pela Secretaria da Saúde de São Paulo com algumas alterações e iniciar o processo de seleção dos funcionários que deverão ser daqui mesmo de Joinville.

A instituição privada assumiu a administração do hospital para reduzir os gastos ao Estado que sinalizou não ter mais condições financeiras devido aos R$ 40 milhões já investidos em obras físicas para a construção do prédio e o gasto com equipamentos de R$ 15 milhões (investimento que representa 70% hoje). O novo comando pretende diminuir a burocracia para o funcionamento e também a “politicagem” que prejudica decisões e andamento das negociações. Desde o início da construção em 1997, o hospital enfrentou a troca de três governos estaduais e uma inauguração às vésperas da última eleição estadual em setembro de 2006 revelam o quadro atual do hospital que funciona apenas com 26% de sua capacidade. Dos 168 leitos existentes apenas 45 funcionam – seis da UTI pediátrica, dez para tratamento oncológico (câncer) e 29 leitos para internação em geral.

Quase dois anos se passaram e o Hospital infantil de Joinville parece encerrar a longa espera. “Está tudo pronto, o hospital tem quase todos os equipamentos e de última geração; tem andares prontos para abrigar leitos de internação geral, atender e abrigar pacientes na ala de queimados, cardiologia, neurologia e oncologia infantil”, comenta Sheila Fernandes secretária administrativa do Hospital Regional. Com o contrato firmado, “boa parte da infra-estrutura do hospital começará a funcionar em meados de julho”. A maior demora será a inclusão das especialidades para que toda a infra-estrutura opere 100%, pelo fato da OS ter de obter no Ministério da Saúde o credenciamento (que leva de seis a oito meses) nas áreas de cardiologia e neurologia infanto-juvenil (zero a 18 anos) por ser considerado atendimento de alta complexidade. Hoje, esses serviços encontram-se disponíveis apenas em Florianópolis, no Hospital Joana de Gusmão.

A atual administração já analisou o atendimento aos pacientes no Hospital e elogiou a qualidade dos serviços prestados no presente momento. A intenção é a busca pela excelência na qualidade dos serviços pediátricos com o atendimento preferencial do SUS em 100% mas com a eficiência de hospital privado. A expectativa é grande a começar pela ativação completa das UTIs (dez vagas) e oferta de mais leitos. Ficará faltando completar os 123 leitos, centro cirúrgico, ambulatório, emergência, pronto-socorro e as alas de cardiologia, neurologia e de queimados (de zero a 18 anos). Agora é esperar que Joinville possa ter orgulho de uma unidade hospitalar de referência no Estado há muito esperado: o de resolver com eficiência e eficácia os problemas com atendimentos pediátricos.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Dois Caminhos lota Teatro Juarez Machado




Por Débora Kellner

O Teatro Juarez Machado ficou pequeno para o espetáculo “Dois Caminhos” dos coreógrafos Sérgio Lobato, Gustavo Côrtes e Petrônio Ferreira, dia 27, em Joinville. Os ingressos comprados na hora do evento esgotaram-se rapidamente. Cerca de 400 pessoas foram prestigiar as coreografias ensaiadas durante três semanas. Os bailarinos da escola do Teatro Bolshoi no Brasil e Cia Jovem ETBB encantaram o público com a Dança Popular Brasileira e o Neoclássico.



O professor e ensaísta do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Sérgio Lobato, trouxe a coreografia neoclássica “Improviso”, uma miscigenação de dança clássica e contemporânea. Gustavo Côrtes trouxe de Minas Gerais o folclórico e a dança popular. Para deixar clara essa mistura, Côrtes tirou as sapatilhas dos alunos que dançaram grande parte do espetáculo descalços.



Os bailarinos do Bolshoi ficaram surpresos com as novidades da escola nos ensaios, mas aprovaram as mudanças. Tomas Quaresma, 20 anos, é nordestino e afirma que essa mistura é importante para a cultura brasileira. “São novidades muito bacanas, uma junção com a dança contemporânea, uma apresentação diferente. Eu fiquei feliz de ver xaxado e muito xote no palco”.



A bailarina Rafaela Naesri, 16 anos, não havia dançado outro estilo além do balé clássico. Ela explica que pretende mudar para a dança contemporânea: “Essa inovação que vivenciamos hoje mudou meu jeito de pensar. Agora pretendo experimentar outros estilos para aprender de tudo um pouco e depois me encaixar no contemporâneo”.



O estudante Thiago Baur, 20 anos, se surpreendeu com o diferencial deste espetáculo. “É a primeira vez que assisto os bailarinos do Bolshoi, e nunca os imaginei dançando descalços, desde balé clássico até dança nordestina”.



O espetáculo “Dois caminhos” foi apresentação única. A escola do Bolshoi optou por não repetir as coreografias para que o público vá ao teatro para prestigiar a dança.



As fotos do evento podem ser conferidas no site http://www.escolabolshoi.com.br/

quarta-feira, 28 de maio de 2008

“Dois caminhos”: Estilos de uma dança

Coreógrafos apostaram no Pas de Deux com o Xote nordestino

Da obra clássica da Rússia ao encanto da música popular brasileira. Essa foi à combinação apresentada pela Escola Bolshoi e a Cia Jovem ETBB, no espetáculo “Dois caminhos, dança popular brasileira e neoclássica”, dos coreógrafos convidados Sérgio Lobato (Theatro Municipal do Rio de Janeiro), e os mineiros Gustavo Cortês e Petrônio Ferreira. A atração foi ao palco, ontem, no Teatro Juarez Machado. Os autores não estavam presentes, mas os produtores, bailarinos e a platéia aprovaram a obra.

“É legal trazer professores brasileiros para fazerem essas misturas de culturas”, explica a bailarina Stephanine Ricciardi. 20 anos. A jovem, que há seis anos pratica as vaiações da dança clássica da Rússia, apóia a união de técnicas de outros países com as do Brasil. “Interessante. Pois proporciona um aproveitamento melhor e traz conhecimentos novos”.

Para os professores da Escola Bolshoi, a experiência de outros coreógrafos e estilos é muito importante para o rendimento dos alunos e instrutores da instituição. “Gratificante, rico em informações, que poderão ser empregadas nos nossos trabalhos futuros”, diz Alessandra Hilário da Costa, professora que ajudou a ensaiar a obra.

O espetáculo, que durou cerca de uma hora, iniciou com o “Improviso” de Sérgio Lobato. Durante as performances dos artistas passos e movimentos da dança clássica – como Pas de deux e outras variações - foram apresentados. “São momentos de intensa atividade musical e de coreografias vigorosas, expressas nos corpos dos bailarinos”, explica Lobato em nota.

Em seu segundo momento contrastante, foram apresentadas as variações artísticas da dança nordestina, quebrando o frio das apresentações clássicas, dando espaço ao calor e a ousadia do xaxado, xote, coco e maracatu, interpretados pela Cia Jovem ETBB. “Danças e a projeção artísticas destas manifestações folclóricas são essenciais para a formação completa de um artista profissional”, comenta o coreógrafo Gustavo Cortês, no release da obra.

Por Cesar Blanski

terça-feira, 27 de maio de 2008

Começa a Pesquisa de Orçamento Familiar

Em Joinville serão pouco mais de 300 famílias pesquisadas


Por Ronaldo Santos



Iniciou no último dia 19, em todo o país, a coleta de dados para a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). O consumo e as despesas das famílias são o foco da análise. Entre os objetivos da coleta estão a obtenção de informações sobre a estrutura de orçamentos, estado nutricional e condições de vida das famílias brasileiras. Neste ano, pela primeira vez, as coletas de dados sobre consumo de alimentos serão feitas individualmente, com cada integrante das famílias. A pesquisa é promovida pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com apoio do Banco Mundial, e realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados serão divulgados em abril de 2009.


A pesquisa será por amostragem. Em todo o Brasil, os 750 pesquisadores visitarão 65 mil domicílios. Em Joinville, são pouco mais de 300 residências. A escolha das famílias é baseada nos dados do censo de 2000. Previamente elas recebem uma carta do IBGE detalhando como será feita a pesquisa e só depois o agente de pesquisa visita a residência. Para a coleta de dados, a cidade é dividada em setores. Cada setor é constituído por 13 residências. A cada três famílias, uma é escolhida para receber uma caderneta na qual, durante nove dias, serão reportados rendimento, gastos com alimentação, luz, telefone, energia e hábitos nutricionais.


A pesquisa recolhe dados sobre hábitos de consumo e condições de vida das famílias brasileiras. As estatísticas servirão também de parâmetro na metodologia de cálculo da inflação e planejamento de ações dos governos nas áreas de saúde, habitação e educação. A POF é realizada a cada cinco anos. Em 2008, convênios com o Banco Mundial no valor de R$ 23 milhões respondem por 43% do custo total do levantamento. O restante é bancado pelo próprio IBGE. O Banco Mundial utiliza os dados em estatísticas internacionais.

No caminho da fama

Estudantes do Ielusc investem no sonho de fazer sucesso

por Sérgio Luiz Lourenço

Elas são jovens, curtem baladas, sonham ser famosas e cursam jornalismo no Bom Jesus/Ielusc. Mas as semelhanças acabam por aí. Karoline Elizabeth Meier, 19 anos, 1,71m de altura, 56 kg, é modelo, disputou o título de Garota Verão, está desenvolvendo um programa que pretende em breve apresentar numa televisão local e acaba de rejeitar um convite para posar nua em uma revista masculina. A também joinvilense Marina Jhonson Schuartz, 18 anos, cantora há seis, viaja quinta-feira para São Paulo, onde participa da primeira eliminatória do programa Ídolos, da Rede Record. Bastante assediada (recebe 200 mensagens por dia em seus quatro perfis na internet), Karol Meir, como é conhecida, disse que não aceitou uma proposta para ser coelhinha da Playboy. O convite foi feito pela internet. “ O cachê é muito baixo”, diz, sorrindo, ao falar dos R$ 3 mil que lhe foram oferecidos. Que quantia considera razoável para posar numa revista masculina? Karol desconversa: “depende do cachê e de onde serão publicadas essas fotos” (risos). Ela pretende concluir o curso e investir na carreira de apresentadora de TV. Somente quando ficar famosa irá pensar de novo na possibilidade de tirar a roupa para uma câmera fotográfica.

Marina vai disputar com mais de 12 mil candidatos nessa primeira fase eliminatória do programa Ídolos. A primeira vez que subiu ao palco foi aos 12 anos em um festival para filhos de funcionários da Embraco. Marina está investindo no sonho de ser cantora. Ela faz aulas de canto e há mais de um ano economiza o que sobra do salário como funcionária do Detran para custear a viagem e a estadia em São Paulo. “Estou brigada com meu pai por causa disso”, desabafou. Determinada ela mostra confiança e acredita que vai estar entre os aprovados para a próxima fase.

Reinauguração do órgão de tubos da Igreja da Paz ocorrerá em 1º de junho

Por Ariane Pereira
No dia 1º de junho, às 19h, ocorrerá a reinauguração do órgão de tubos da Igreja da Paz, que teve sua restauração - no valor de R$ 175.000.00 - finalizada em março deste ano. A organista Lucy Mary de Souza Costa Leão irá tocar no evento, e para isso, está ensaiando desde março. Ela será a organista principal, acompanhada em algumas obras por outros músicos, e a organista da Igreja da Paz, Beatriz Meier, tocará o Hino da Comunidade.

A restauração teve início em fevereiro de 2007. O projeto foi aprovado em 2006 na Lei do Mecenato, o que rendeu uma ajuda de R$ 48.000,00. Os R$ 127.000,00 restantes foram doados pelas empresas Ciser e Döhler. O órgão estava danificado pelos cupins, o que interferiu seriamente em suas funções técnicas e sonoras. O instrumento era originalmente de sistema pneumático e o ar saía do console, passando por fios de chumbo, até chegar aos tubos. Com a umidade, o interior dos cabos foi danificado, e alguns tubos passaram a não receber ar suficiente. A restauração tornou esse processo elétrico, e agora, as teclas acionam uma chave óptica que, ao receber a luz, envia um sinal para um painel eletrônico abaixo dos 579 tubos. Depois, um fole grande manda ar para um fole menor, abrindo uma válvula que libera o ar para o tubo que deve soar.

Lucy Mary é coordenadora da Escola Villa-Lobos, da Casa da Cultura, e conta que o órgão de tubos é seu instrumento preferido. Por ser o único do tipo na cidade de Joinville, a organista ficou sete anos sem tocar. No dia da inauguração, seu filho mais novo, Isaque, irá virar as páginas da partitura para ela, pois suas mãos estarão ocupadas entre as teclas e os registros – botões que controlam a intensidade com que o ar sai dos tubos do órgão, fazendo com que o som seja mais forte ou mais fraco.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

É proibido fumar

Mais uma investida
contra o cigarro em Joinville


Estabelecimentos que servem refeições devem ter área para fumantes

por Sérgio Luiz Lourenço
Aprovado quinta-feira, 15 de maio, o projeto do vereador Marco Aurélio Marcucci (PSDB), proibindo o fumo em estabelecimentos que sirvam refeições em Joinville. Exceto se houver um local específico para fumantes. Por três dias a matéria foi motivo de discussão e polêmica na câmara municipal. A votação foi adiada por duas vezes. Na terça-feira o presidente do legislativo, Fábio Dalonso (PSDB), pediu o parecer jurídico. No dia seguinte mais uma vez não houve entendimento. Alegando ter extrapolado o horário regimental, 19h, Dalonso encerrou a sessão. O texto original "proíbe o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígero, derivado ou não do tabaco, em estabelecimentos tipo restaurantes, churrascarias, pizzarias, petisqueiras e praças de alimentação, que sirva refeição no local". A proposta foi alterada pelo parecer da comissão de urbanismo, que acrescentou ao artigo 1º a frase: "Salvo em área destinada exclusivamente a este, devidamente isolada com arejamento conveniente". Com a mudança a matéria foi aprovada por maioria.

O projeto segue agora para a sanção do prefeito Marco Tebaldi (PSDB). Se virar lei, os comerciantes terão 180 dias para se adequar. Quem descumpri-la, pode ser punido com multa de R$ 1500 dobrando o valor em caso de reincidência, e ter o estabelecimento interditado. A fiscalização será da vigilância sanitária. Questionado sobre a aplicabilidade da lei, Marcucci disse que a prefeitura tem que dar a estrutura necessária para os fiscais. Já o vereador Odir Nunes da Silva (DEM), que votou contra o projeto foi categórico: "é mais uma lei que não vai ser cumprida".