terça-feira, 24 de junho de 2008

A correria no final do semestre

Por Carolina Raquel da Veiga

Fim do semestre chegando e o que se verifica nos corredores do Bom Jesus/Ielusc
são alunos correndo de um lado para o outro, tentando recuperar notas e entregar trabalhos atrasados. No mesmo corre e corre estão os professores, contudo, a correria é para corrigir as avaliações e entregar os resultados tão esperados.

Para a aluna do 5º período Ariane Olsen o final do semestre é sempre complicado, agitado e com poucas horas de sono. Para ela, o principal motivo é que os professores pedem os trabalhos e marcam as provas para a mesma semana, geralmente a penúltima e última. Segundo ela isso faz com que os alunos fiquem sobrecarregados e não dêem a devida atenção a execução das tarefas. Diz que os trabalhos são “feitos nas coxas” pela falta de tempo.

Para o professor Juciano Lacerda, que nesse semestre ministra quatro disciplinas, três para os cursos de jornalismo e uma para publicidade e propaganda, somando no total 120 alunos, o período também é corrido. Diz “temos que corrigir, avaliar e colocar as notas no site para que os alunos saibam se ficam ou não em exame e isso tem que ser feito sempre um dia depois da última aula com a turma”. Questionado sobre as datas de entrega dos trabalhos e avaliações, o docente disse que não existe possibilidade de marcar as provas antes, pois os conteúdos não teriam sido totalmente aproveitrados. Quanto aos trabalhos, o professor diz passar um cronograma no início do semestre com as datas de entrega, mas os alunos que deixam para fazer em cima da hora, argumenta.

Lançada a 70ª Festa das Flores

Por Carolina Raquel da Veiga


Aconteceu na última semana, dia 17, o lançamento oficial da 70ª Festa das Flores. Na cerimônia, autoridades, convidados e imprensa puderam conhecer as atrações da edição que acontecerá esse ano. Entre as novidades anunciadas pelo presidente da Promotur (Fundação de Promoção e Planejamento Turístico de Joinville), Vilmar Pedro de Souza foi destacada a primeira exposição de orquídeas de abrangência internacional, com a participação já confirmada de países como Tailândia, Alemanha, Holanda, Equador e Estados Unidos. E a realização de um ciclo de conferências sobre o cultivo de flores e plantas ornamentais, realizado em parceria com a UNIVILLE (Universidade da Região de Joinville). Foram confirmadas a presença de especialistas reconhecidos mundialmente para ministrar as palestras.

Segundo Vilmar, a edição deste ano vem sendo elaborada desde 2006 e durante esse tempo parcerias importantes puderam ser efetivadas. Como com o Ministério da Agricultura e o IBAMA cujas as participações constituem-se na criação de um “corredor” e de uma “entrada única”, facilitando a recepção, o transporte e a saída das plantas vindas do exterior. Contudo, ele disse que as atrações tradicionais da festa não foram esquecidas, como a Feira Casa, Jardim & Lazer, O mercado de plantas e a praça de alimentação que contará com um restaurante internacional. “Todas as atrações estão ganhando reforços, queremos que essa seja a melhor edição da festa das flores”, concluiu.

Na ocasião foi apresentado o material de divulgação da festa, sendo um informativo que contém uma retrospectiva das edições anteriores e as ações já definidas para esse ano. E um vídeo comemorativo no qual a história do evento é narrada de forma emocionante. Eles foram desenvolvidos pela jornalista especializada em turismo Nelci Seibel. Ela conta que apesar de não ser joinvilense, foi um prazer resgatar um pouco da tradição e da história do mais tradicional evento da cidade pela qual se apaixonou.

Também foi possível admirar belos exemplares das principais orquídeas que serão expostas e alguns modelos de carros antigos que o Veteran Car Club exporá na edição. Uma atração anunciada para a exposição de carros é a presença confirmada do Simca Chambord, ano 59, popularmente conhecido como “rabo-de-peixe” ou “Cadillac brasileiro”, automóvel original da série televisiva o “Vigilante Rodoviário” da década de 60.

O lançamento da 70ª Festa das Flores ocorreu na AJAO (Agremiação Joinvilense de Amadores de Orquídeas), uma das entidades organizadoras do evento junto a Promotur, cujos membros se dedicam há tantos anos para que a exposição ocorra. O seu presidente Sr. Wilson Quant diz que realizar a Festa das Flores esse ano, é para ele e para toda a agremiação motivo de orgulho. Afinal, são anos e anos se dedicando a criação, ao cultivo de orquídeas e a idealização da festa.

A 70ª edição da Festa das Flores acontecerá dos dias 12 a 16 de novembro, no Complexo da Expoville. A entrada é gratuita.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Alucinações quixoteanas invadem a praça Nereu Ramos

Foto: Jacson Almeida

Adaptação de Dom Quixote de la Mancha encenada ao ar livre no centro da cidade

Por Priscila Farias Carvalho

Após 12 dias de apresentações teatrais, a Mostra de Teatro Cena 5 se despede de Joinville com a encenação ao ar livre de Dom Quixote de la Mancha, do escritor espanhol Miguel de Cervantes. Por volta das 16h30, terça-feira 17, "Das saborosas aventuras de Dom Quixote de la Mancha e seu fiel Escudeiro Sancho Pança – Um capítulo que poderia ter sido", arrancou aplausos, encantou o público e parou o centro da cidade. Juntando o cenário urbano com a arte inovadora, o grupo goiano Teatro que Roda ousou, usou e abusou do improviso pelos espaços disponíveis Praça Nereu Ramos e arredores.

A apresentação iniciou com Dom Quixote descendo do Edifício Manchester, o que assustou muitos comerciantes da região que não sabiam se o homem se atiraria do prédio ou se se tratava de outra coisa que não uma peça teatral. Dom Quixote é João, um executivo frustrado, e o fiel escudeiro, Sancho Pança, é um atabalhoado catador de papel. Um carrinho de lixo se transforma no cavalo Rocinante, que teve o rabo improvisado por um cachecol azul, de uma garota da platéia. Roupas feitas de anéis de latinhas e retalhos de tecidos, um carrinho de lixo, papelões e outros materiais recicláveis adornaram os atores.

O estudante de Jornalismo Sidney Azevedo define a luta de Quixote e o dragão como o momento “sensacional”. O dragão em questão foi improvisado por uma patrola estacionada no meio da rua. Por cima do veículo estava Dulcinéia, a bela das alucinações do cavaleiro viajante. Outros atos marcantes foram: a frenética luta entre Dom Quixote, Sancho Pança e três mercenários, no meio da praça; as aparições repentinas das 12 moças vestidas de noivas, representando Dulcinéias; e a perseguição de um carro policial, fictício, a Dom Quixote, marcando o final da peça.

Os atores Dionísio Bombinha e Liz Eliodoraz se movimentaram por um palco que se confundia com frentes de lojas, marquises de prédios e afins: as ruas do Príncipe e Palmeiras, onde público e atores disputavam espaço. A tal invasão teatral encheu os olhos de Allan Viana, 20 anos, teatreiro por vocação. “Achei maravilhoso”. Ele ainda ressalta: “Une o útil ao agradável: o público, a cidade e o texto”. Abruptamente, Silvestre Ferreira intervém: “Você é da Companhia de Teatro?”. O ator confirma, recebendo os cumprimentos do coordenador da Cena 5.

Para Sônia Regina, que estuda teatro há 10 anos, é difícil definir o melhor dos espetáculos a que assistiu. “Eu achei todos muito bons". “Isso faz parte do projeto Palco Giratório, que existe há 11 anos no Serviço Social do Comércio”, declara João Daniel Zanotti, coordenador do setor de cultura do Sesc. João lembra que a peça ainda terá passagens por São Francisco do Sul e São Bento do Sul, dias 18 e 19, respectivamente. Para a realização da peça, foi necessário a liberação do local junto à Prefeitura, mobilizar o policiamento e os bombeiros e obter autorizações do Edifício Manchester e do comércio da região.


Um pouco mais da Mostra Cena

Na 5ª edição da Mostra Cena, atores, diretores, críticos e platéia se envolveram e reinventaram-se diante da magia do teatro. Durante os dias 9 e 18 de junho, 15 espetáculos em lugares distintos da cidade, deliciaram o público. De Juarez Machado, passando pela Cidadela Cultural – no Galpão de Teatro da Ajote; do Mercado Público Municipal à praça Nereu Ramos e o centro da cidade, os teatreiros fizeram a população respirar arte.

Esse ano a Fundação Cultural de Joinville tomou a dianteira na realização da Cena 5, junto com a Associação de Teatro Joinvilense, Ajote. Novidades também nortearam a Mostra. Sob o tema: “Ver o novo, Ver de novo”, os espetáculos foram divididos entre atrações conhecidas do público joinvilense e novas adaptações teatrais, além das companhias convidadas e debates após os espetáculos.

Silvestre Ferreira, diretor de teatro e presidente da Ajote, avalia a Cena 5 como "diversificada". "A qualidade é muito boa”. Nem o próprio organizador consegue definir qual foi a peça mais aceita pelo público. “Eu, como artista, só tenho que aplaudir.” Silvestre cita as peças de grande apelo junto ao público, como "SOS - Uma mulher só" e "Migrantes", entre outras que para ele “são propostas diversificadas e mais intimistas”.

Joinville cancela mais um vôo por falta de passageiros

Por Janine Bastos

Aeroporto de Joinville não acompanha o crescimento nacional

No dia 27 de maio a maior cidade do estado cancela mais um vôo da companhia TAM, a rota da aeronave JJ3042 saia de Joinville ás 17h45min com Destino a Guarulhos. “Nossa supervisão remanejou a malha aérea e resolveu transferir o vôo de Joinville para o nordeste, onde a demanda é maior”, alega Alex Klaus 27 anos, despachante de vôo, insatisfeito. Os cancelamentos das aeronaves causam instabilidades para os profissionais que temem perder seus empregos. “Joinville cada vez mais fica sem movimento, as pessoas preferem embarcar por Curitiba, isso preocupa”, lamenta Cinthia Borba 22 anos agente de aeroporto da GOL.
Quem precisa utilizar o Aeroporto Lauro Carneiro De Loyola se depara com a falta de opções de horários e destinos. As dificuldades parecem refletir no crescimento do transporte aéreo do município. Dados da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) mostram que número de embarques na cidade cresceu 2,55% entre os quatro primeiros meses de dois mil e oito. Os desembarques aumentaram só 1,2%. Os números estão bem abaixo do crescimento nacional, que foi de 9,6% , segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Há sete anos atrás, Joinville obtinha 28 vôos com as companhias: Varig, Ocean Hair, Rio Sul e Transbrasil. Em 2004, a empresa aérea GOL Linhas Aéreas Inteligentes entra na disputa de mercado e se instala na cidade. “Quando a GOL começou a operar em Joinville houve um choque, pois suas tarifas obrigaram as empresas baixarem seus preços. Chegando ao ponto de fecharem”, comenta David Zismann, 27 anos, que trabalhou na Varig e hoje é agente líder da GOL.
Com 487.003 habitantes, o município é considerado o mais populoso de Santa Catarina, segundo o IBGE. A cidade hoje conta com 2 vôos da GOL e 3 da TAM todos com destinos para São Paulo. As outras empresas aéreas encerraram suas funções pelo fraco movimento. A última companhia a se retirar da cidade foi a Varig em outubro de 2007.
O empresário Nelson Hertesen, 49 anos, ao ser questionado por solicitar passagens com saída de Curitiba ao invés de Joinville, suspira “O aeroporto de Joinville não tem estrutura. Faltam aparelhos que facilitam a visualização das aeronaves mesmo com fortes neblinas. Curitiba dispõem de várias companhias e horários”. Claudia Delmonte Moritz, 33 anos, gerente da Gol, argumenta que com mais um cancelamento de vôo a situação é preocupante, já que o povo Joinvilense se acostuma a viajar por Curitiba e acaba não procurando Joinville.
“Nosso aeroporto foi esquecido promessas e mais promessas nada mais do que isso. Temos uma só sala de embarque que não comporta mais que 100 passageiros, sendo que uma aeronave tem capacidade de 144 á 186 lugares”, disse Marcelo Guerreiro, 35 anos, fiscal da Infraero. Aline Kiswoskr, 45 anos, gerente da Olympia Tur, descreve que as agências de turismo atendem diariamente empresários e são comuns reclamações e insatisfações dos horários disponíveis da cidade.
A Gol informou que, por enquanto não pretende modificar os horários e os destinos dos vôos. A empresa realiza estudos, mas as mudanças devem ser a longo prazo. A TAM argumenta que as mudanças para esse ano já foram feitas com o cancelamento de um vôo.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Joinville cancela mais um vôo por falta de passageiros

Aeroporto de Joinville não acompanha o crescimento nacional

Por Janine Bastos

No dia 27 de maio a maior cidade do estado cancela mais um vôo da companhia TAM, a rota da aeronave JJ3042 saia de Joinville ás 17h45min com Destino a Guarulhos. “Nossa supervisão remanejou a malha aérea e resolveu transferir o vôo de Joinville para o nordeste, onde a demanda é maior”, alega Alex Klaus 27 anos, despachante de vôo, insatisfeito. Os cancelamentos das aeronaves causam instabilidades para os profissionais que temem perder seus empregos. “Joinville cada vez mais fica sem movimento, as pessoas preferem embarcar por Curitiba, isso preocupa”, lamenta Cinthia Borba 22 anos agente de aeroporto da GOL.
Quem precisa utilizar o Aeroporto Lauro Carneiro De Loyola se depara com a falta de opções de horários e destinos. As dificuldades parecem refletir no crescimento do transporte aéreo do município. Dados da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) mostram que número de embarques na cidade cresceu 2,55% entre os quatro primeiros meses de dois mil e oito. Os desembarques aumentaram só 1,2%. Os números estão bem abaixo do crescimento nacional, que foi de 9,6% , segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Há sete anos atrás, Joinville obtinha 28 vôos com as companhias: Varig, Ocean Hair, Rio Sul e Transbrasil. Em 2004, a empresa aérea GOL Linhas Aéreas Inteligentes entra na disputa de mercado e se instala na cidade. “Quando a GOL começou a operar em Joinville houve um choque, pois suas tarifas obrigaram as empresas baixarem seus preços. Chegando ao ponto de fecharem”, comenta David Zismann, 27 anos, que trabalhou na Varig e hoje é agente líder da GOL.
Com 487.003 habitantes, o município é considerado o mais populoso de Santa Catarina, segundo o IBGE. A cidade hoje conta com 2 vôos da GOL e 3 da TAM todos com destinos para São Paulo. As outras empresas aéreas encerraram suas funções pelo fraco movimento. A última companhia a se retirar da cidade foi a Varig em outubro de 2007.
O empresário Nelson Hertesen, 49 anos, ao ser questionado por solicitar passagens com saída de Curitiba ao invés de Joinville, suspira “O aeroporto de Joinville não tem estrutura. Faltam aparelhos que facilitam a visualização das aeronaves mesmo com fortes neblinas. Curitiba dispõem de várias companhias e horários”. Claudia Delmonte Moritz, 33 anos, gerente da Gol, argumenta que com mais um cancelamento de vôo a situação é preocupante, já que o povo Joinvilense se acostuma a viajar por Curitiba e acaba não procurando Joinville.
“Nosso aeroporto foi esquecido promessas e mais promessas nada mais do que isso. Temos uma só sala de embarque que não comporta mais que 100 passageiros, sendo que uma aeronave tem capacidade de 144 á 186 lugares”, disse Marcelo Guerreiro, 35 anos, fiscal da Infraero. Aline Kiswoskr, 45 anos, gerente da Olympia Tur, descreve que as agências de turismo atendem diariamente empresários e são comuns reclamações e insatisfações dos horários disponíveis da cidade.
A Gol informou que, por enquanto não pretende modificar os horários e os destinos dos vôos. A empresa realiza estudos, mas as mudanças devem ser a longo prazo. A TAM argumenta que as mudanças para esse ano já foram feitas com o cancelamento de um vôo.

“O presente Tchekhoviano”

Por Ana Paula Moraes


Cena 5 trás “Tchekhovianas”, uma deliciosa adaptação que mostra o cotidiano e o existencialismo como ingredientes para um espetáculo que promove, reflexão e muito riso. O grupo sala 29 do segundo ano do curso de teatro da Casa da Cultura reproduziu três contos do dramaturgo russo Anton Tchekhov. “A afogada”, “A professora” e o “Presente”, provocaram comoção e gargalhadas na plateia.No galpão de teatro da Ajote o público era recebido pelo som da banda Fairans numa manifestação musical com a abertura do palco para demais artistas locais e amadores, como era feito em todas as noites de apresentações, o clima era de alegria entre os participantes do Festival de teatro de Joinville Cena 5, já que o público em sua maioria era formado por pessoas do meio teatral.

Diante de um auditório lotado o grupo sala 29 apresenta “Tchekhovianas”, o primeiro conto a ser dramatizado foi “A Afogada”, que trazia a história de um homem abordado e convidado a pagar para assistir um afogamento. Já o segundo conto apresentado foi “A Professora”, onde uma professora de matemática tenta enganar em suas contas a moça pobre ingênua que trabalha para ela com o objetivo de ensinar-lhe a se defender melhor. Já o terceiro e último conto abordado foi “O presente”, uma história divertida, com um diálogo muito engraçado onde o pai resolve dar de presente ao filho, uma noite em um bordel, com o intuito de “torná-lo homem”.


A diretora do espetáculo Juciara do Nascimento explica que a peça trás situações corriqueiras vistas por um olhar mais cômico e irônico. A dramaturga conta que a peça que estreou em novembro já rodou escolas municipais de Joinville e hoje no Festival faz sua última apresentação , um presente para quem aplaudiu entusiasmado o final do espetáculo como o Usineiro Paulo Roberto Costa, 42 anos, “ Hoje foi muito bom, precisava ter umas três dessa menina”, referindo-se a Daniela Martins, atriz do espetáculo.”Aqui em Joinville o teatro deveria ser tratado de maneira mais simples, mais popular, além da má divulgação, acabam frequentando esse tipo de ambiente somente aqueles já são interados sobre o meio, somos uma cidade industrial, de um povo operário, é preciso democratizar o negócio”, desabafa. Para Daniela, atuar no Cena 5 foi um presente, afinal o sala 29 foi o único grupo de alunos convidados para se apresentar no festival, o cena 5 vai até o dia 18 de junho com apresentações no teatro Juarez Machado, no galpão da Ajote e nas praças da cidade.

Empresários de Joinville estudam proposta para custear câmeras de segurança na cidade

Empresa Ravew apresentou o sistema em sessão da Acij


Por Ana Paula Moraes

A comissão de segurança da Acij, formada por empresários da associação, além de outras entidades como Ajorpeme, CDL e Acomac, se reuniram para estudar a proposta feita pela empresa Ravew , integrante do grupo Acij, sobre a instalação de câmeras sem fio com sistema de transmissão via rádio em bairros de Joinville. As câmeras terão um custo mensal de mil reais por empresário, o monitoramento e a escolha dos locais onde serão instaladas será de responsabilidade da polícia militar.


Em umas das reuniões da Acij a proposta foi apresentada sem compromisso para os empresários da cidade, segundo Jamil Chat, representante da empresa operadora da tecnologia, uma das câmeras já está em teste em uma escola pública do bairro Jardim Paraíso, e a operação foi realizada com sucesso. A diferença entre as câmeras já utilizadas é que estas não precisam de cabos, o que possibilita a instalação em bairros mais distantes, pois o alcançe é de até 17 quilometros até a central de polícia." A comunicação também é codificada. Impede que a transmissão das imagens até a polícia seja grampeada", afirma Jamil.



As entidades envolvidas ainda não se manifestaram em definitivo sobre a proposta, mas assume-se uma polêmica entre o meio. “ Porque é que a iniciativa privada é quem tem que custear uma idéia dessas, segurança é uma responsabilidade do Estado, nós pagamos impostos pra isso”, argumenta, Adelino Meier, proprietário de uma oficina mecânica e membro da Acij.


O representante da empresa que oferece o serviço defende que a idéia deve ser analisada pela iniciativa privada, segundo ele o Estado faz o que pode e o grupo poderia proporcionar algo à mais. Mesmo com a escolha dos locais de instalação sendo feita pela polícia, pode ocorrer de a zona de instalação ficar próxima de duas empresas onde os proprietários poderiam ratear as despesas.Jamil explica que no momento não se pensa em oferecer o serviço ao Estado, pois a demora seria muito grande além de protocolos burocráticos onde o pedido deveria ser feito por meio de licitação pública, o que, segundo ele, levaria anos.