segunda-feira, 16 de junho de 2008

Ponto de Encontro

Por Zelir da Costa

Banheiro masculino do terminal de ônibus do centro vira ponto de encontro para homossexuais. Mesmo com tanta segurança e fiscalização constante, o supervisor do terminal Jackson Santos, 28 anos, relata que não conseguem evitar esse tipo de situação “ No banheiro feminino não temos problemas com pixações nem encontros de mulheres mas, no banheiro dos homens é um problema sério de difícil resolução”, relata.

Segundo o supervisor, os usuários “normais” não reclamam. A situação é notada, apenas pelos funcionários que limpam os banheiros e percebem algo de errado e estranho. O funcionário então comunica o supervisor. Segundo o mesmo não sabem como resolver essa situação. “Certa vez quase fomos agredidos por dois homens suspeitos que estavam no banheiro fazendo sei lá o que, os quais saíram do banheiro e foram embora na maior cara de pau”, relata o supervisor.

Encontrar as paredes do banheiro suja, camisinhas jogadas no lixo ou até mesmo no chão, já virou rotina na vida de dona Irene Pereira, 47 anos, faxineira do terminal de ônibus do centro. “ Já vi coisas nessa vida, mas vim para o terminal de ônibus para transar no banheiro podendo ser visto por alguém nunca tinha visto” ressalta.

Segundo Andressa Estevão, 24 anos, vendedora e usuária do terminal do centro todos os dias, nunca percebeu nada de estranho no banheiro feminino. “ É raro eu usar o banheiro ou beber água nos bebedouros do terminal mas, sempre que precisei, os banheiros estavam higienizados e nunca percebi nada de estranho que comprometesse alguém, até pelo fato de sempre estar atrasada e com pressa”.

Iara Borges, 38 anos, gerente de loja, compartilha do mesmo discurso de Andressa. A única queixa dela é que, no verão, a água do bebedouro é quente, mas quando precisou utilizar os banheiros estavam aparentemente limpos. “ É uma pena que as pessoas não sabem usar, se fosse cobrado para usar, de repente as pessoas respeitassem” afirma.

Segundo Jackson Santos, o terminal conta com quatro fiscais que trabalham diariamente na orientação e vigilância, além de duas pessoas terceirizadas que limpam cerca de dez vezes por dia todos os banheiros e as calçadas do terminal.

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