quarta-feira, 28 de maio de 2008

“Dois caminhos”: Estilos de uma dança

Coreógrafos apostaram no Pas de Deux com o Xote nordestino

Da obra clássica da Rússia ao encanto da música popular brasileira. Essa foi à combinação apresentada pela Escola Bolshoi e a Cia Jovem ETBB, no espetáculo “Dois caminhos, dança popular brasileira e neoclássica”, dos coreógrafos convidados Sérgio Lobato (Theatro Municipal do Rio de Janeiro), e os mineiros Gustavo Cortês e Petrônio Ferreira. A atração foi ao palco, ontem, no Teatro Juarez Machado. Os autores não estavam presentes, mas os produtores, bailarinos e a platéia aprovaram a obra.

“É legal trazer professores brasileiros para fazerem essas misturas de culturas”, explica a bailarina Stephanine Ricciardi. 20 anos. A jovem, que há seis anos pratica as vaiações da dança clássica da Rússia, apóia a união de técnicas de outros países com as do Brasil. “Interessante. Pois proporciona um aproveitamento melhor e traz conhecimentos novos”.

Para os professores da Escola Bolshoi, a experiência de outros coreógrafos e estilos é muito importante para o rendimento dos alunos e instrutores da instituição. “Gratificante, rico em informações, que poderão ser empregadas nos nossos trabalhos futuros”, diz Alessandra Hilário da Costa, professora que ajudou a ensaiar a obra.

O espetáculo, que durou cerca de uma hora, iniciou com o “Improviso” de Sérgio Lobato. Durante as performances dos artistas passos e movimentos da dança clássica – como Pas de deux e outras variações - foram apresentados. “São momentos de intensa atividade musical e de coreografias vigorosas, expressas nos corpos dos bailarinos”, explica Lobato em nota.

Em seu segundo momento contrastante, foram apresentadas as variações artísticas da dança nordestina, quebrando o frio das apresentações clássicas, dando espaço ao calor e a ousadia do xaxado, xote, coco e maracatu, interpretados pela Cia Jovem ETBB. “Danças e a projeção artísticas destas manifestações folclóricas são essenciais para a formação completa de um artista profissional”, comenta o coreógrafo Gustavo Cortês, no release da obra.

Por Cesar Blanski

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