terça-feira, 13 de maio de 2008

Caso Isabella, investigação X caso Gabrielli, esquecimento

Por Zelir da Costa

O caso da morte da menina Isabella Nardoni, de São Paulo, ocorrido no dia 29 de março, no quesito investigação, supera caso da menina Gabrielli Eichouz, de Joinville, morta no ano passado. Uma morre ao ser lança do sexto andar de um prédio, a outra afogada em pia batismal de igreja. Acidente ou assassinato?
Ouvir falar sobre este assunto na TV, nos rádios, ou até mesmo nos jornais diários, ninguém agüenta mais. O assunto já está saturado apesar precisão da mídia e dos laudos periciais, segundo o professor de cinema do Bom Jesus Ielus, Sionei Soares. O professor relata que fica evidente a diferença de abordagem tanto da polícia quanto da imprensa. Polícia muito mais preparada para investigar e a imprensa focada nos fatos.
“ A polícia de São Paulo está preocupada em achar o/ou os culpados, sem pular etapas da investigação, junto a perícia médica. Em Joinville estavam preocupados em achar um culpado, pulando etapas da investigação. Caso Isabella muita investigação, caso Gabrielli muita superficialidade ”. O professor acredita ainda que: “ A polícia daqui, está despreparada para resolver esse tipo de situação. Em são Paulo foram mais rigorosos na investigação, claro que a tecnologia favoreceu muito nos trabalhos de perícia ”. A imprensa, na opinião do cineasta, fez uma boa cobertura do assunto, aguardavam os fatos e informações da polícia para poder informar com mais precisão. A exceção veio da revista Veja que condenou por antecipação. Segundo o professor, colocaram o casal na capa da revista com uma chamada bem grande, “ Foram eles”.
Para o historiador, Gildo Monteiro de Magalhães, 44 anos, esse caso não reflete em Joinville. Casos parecidos com o de Gabrielli Eichouz e Isabella Nardoni acontecem quase todos os dias em Joinville e mundo todo. O diferencial desses dois casos é que se trata de uma menina pobre de Joinville e de uma menina de classe média alta que mora em São Paulo. Apesar de ser um historiador e gostar de história, Gildo mostrou-se cansado sobre o assunto. “ Esse assunto já deu, esperamos apenas pelo desfecho”. Segundo ele, acha que população já está cansada de ouvir sobre esse assunto. Depois da Isabella quantos outros casos de homicídios já aconteceram e nem por isso estão sendo veiculados diariamente. Já caiu no exagero, acredita.
Como todas as pessoas que tem nível superior, Alexandre Nardoni poderá ser beneficiado com o Hábeas Corpus. Isso fará com que ele aguarde o jugamento em liberdade, diferente de Anna Jatobá que não tem nível superior e aguardará na prisão. Se condenado, Alexandre perderá todos os privilégios e será tratado igualmente aos outros presos, com ou sem nível superior. ( Jornal Nacional dia 10/05/2008)

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