sexta-feira, 28 de março de 2008

Maconha em campus universitário

Por Joana Paterno
Fotos: Marcos do Valle
“O álcool mata bancado pelo código penal, onde quem fuma maconha é que é marginal e por que não legalizar?”, dizia Marcelo D2 em sua letra polêmica quando ainda era integrante do Planet Hemp. Nessa semana foram encontrados cinco pés de maconha dentro do campus da Universidade Federal de Santa Catarina. A droga tinha aproximadamente 45 centímetros de altura e ainda não foram encontrados indícios de quem possa ter cultivado o entorpecente.


Legalizada ou não a maconha ainda é leque para muitos debates. “Isso é notícia?”, questiona a mestre em história cultural Valdete Daufemback, alegando que esse tipo de problema sempre acontece. A professora de sociologia afirma que se a droga não fosse ilegal o consumo não mudaria. “Legalizada, o uso seria igual ao cigarro, assim o governo cobraria impostos em cima da venda”. Quando a questão foi sobre a circulação da maconha no campus do Bom Jesus/Ielusc, Valdete disse que não poderia responder, alegando que não sabe se já sentiu o cheiro da droga dentro da instituição.



Há 18 anos trabalhando na faculdade o porteiro Neri Pereira disse que nunca presenciou nenhum caso de alunos com entorpecentes durante seu expediente e muito menos o cultivo da droga. “Só se eu plantasse”, afirmou aos risos o tio Neri, como é conhecido pelos estudantes. Ele ainda declarou que se eventualmente encontrasse algum aluno drogado dentro da instituição o encaminharia aos seus pais e a uma entidade. “A melhor forma de se encontrar ajuda é conversando com os responsáveis pelo estudante e procurando um grupo de apoio”, conclui o porteiro.


Estudante e estagiário de comunicação R.S.T, 21 anos confessa ser usuário de maconha desde os 13 anos. “Comecei por pura curiosidade com alguns amigos mais velhos”, afirma o acadêmico. “Aos 14 anos na oitava série eu era o único que fumava na minha classe”. Ao responder sobre os pés de maconha encontrados na UFSC, R. disse que já cultivou uma muda de 75 centímetros em seu apartamento e depois a usou. O estudante alega que a droga é uma forma de interação com as pessoas, “Numa roda de amigos quando estamos fumando, a gente conversa sobre tudo e acabamos nos conhecendo melhor”. R. ainda revelou que tem medo do preconceito em torno do uso do entorpecente. “Tenho medo que me julguem errado, uso a maconha com consciência”.

Foto I : "Não posso afirmar", disse Valdete ao responder se já sentiu cheiro da droga na instituição.
Foto II: Tio Neri afirma que nunca houve casos de alunos drogados na faculdade

7 comentários:

O SINO disse...

Por favor alguém me dê uma luz de como postar a imagem nesse blog!
Tô perdidaaaaaaa!

Joana

O SINO disse...

No modo edição, depois do botão de correção ortográfica (ABC,) fica o de adicionar fotos. Deve aparecer "add image" se a seta do mouse permanecer em cima antes do "clique".

Clicando, abrirá uma janela e procedimento é igual ao de anexar arquivo em e-mail.

Espere carregar a foto. Clique em concluir. Provável que ela apareça no corpo do texto deslocada, então, é só ajeitar.

Se não aparecer... na mesma janela, após ter carregado a foto, clique sobre ela e a arraste para a caixa de texto.

ok?!

Luiza.

Jean Rio Negrinho disse...

em pensar que a luiza tb não sabia isso qdo foi postar a matéria dela huahuahu.

O SINO disse...

Isso aí Jean...

"Vivendo e aprendendo"

hihihi

=D

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Luiza

O SINO disse...

Legalize!!!

Libera a erva de uma vez. Chega de ver gente levando tapa na cara por causa disso. Há 10 mil anos que esfumaceiam por aí e ainda tem gente que não se acostumou. Penso que já está em tempo de algo mudar. Os exemplos de que a repressão só aumenta a violência são inúmeros. O lance é paz, amor e consciência. Passo a bola...

O SINO disse...

Ôpa! Desculpem o lapso. Não me identifiquei na postagem anterior.

Aquele abraço!

Sandro Gomes

Anônimo disse...

alexandre josé

Eu acho que a maconha tem que ser liberada. É uma erva que está presente no Brasil desde os tempos da escravidão, antes mesmo do alcoól. Acho uma puta hipocrisia ficar marginalizando a maconha. O cigarro e a bebida só são imunes devido ao aval dos governos.


A população acha que essa legitimidade do Estado é muito. O Estado não tem o discernimento para dizer se isso é um vício bom, e se aquele outro é o mal, na verdade são todas drogas. O Estado libera a comercialização para os que tem poder, para a classe dominante. O Estado não é neutro, muito menos os governantes, eles sempre apoiaram os poderosos em detrimento dos pobres, e a maconha é comercializazada pela classe baixa da população.

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A bebida está envolvida na maioria dos acidentes de transito. Eu mesmo quase fiz uma cagada sábado com o carro da mãe, estava alcoolizado, um pouco demais, eu acho. Ningeum fala dessa porrra de acidentes causados por alcoól, eta superficialidae!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!